sábado, março 12, 2016

COLUNA DO PAIXÃO: SERVIDORES SE RETIRAM DA PLENÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARIPINA, EM REPÚDIO AS ATITUDES DO LÍDER DO GOVERNO

Foto: Rafael Diniz

O vereador líder da bancada de situação – Francisco Edvaldo (PROS) disse que tem honra e a satisfação em dizer que foi (é) líder de um governo que teve as contas de 2013 aprovadas por nada mais nada menos do que o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco – TCE-PE (aquele mesmo que aprovou a tão polêmica licitação do São João de 2014 que tinha claras evidências de superfaturamento) e o vereador desafia dizendo que as contas de 2014 também vão vir aprovadas.

Alguém aí duvida?

Eu não sou nem doido. Com o que vem acontecendo em Pernambuco se você duvidar, cai na besteira de virar mentiroso.

O líder Francisco Edvaldo como sempre destemido, porque só mesmo um cabra corajoso como o nobre parlamentar, tem a audácia de defender uma gestão que não está fadada, é um fracasso, para ficar contra o povo. Falou que cobrou do prefeito o reajuste dos professores e que fosse agilizado para chegar logo à câmara para votação e aprovação. Um efeito sonoro de vaias irritou o parlamentar que usava à tribuna da câmara, e o mesmo indignado lembrou que o regimento da casa proíbe qualquer pessoa de se manifestar enquanto o “representante do povo” faz seu discurso. Se ele insistir em interromper, o presidente da casa tem a prerrogativa de mandar ele se retirar ou segundo o bom entendedor, se isso não acontecer ele deve ser retirado de qualquer maneira. Resumindo: como Araripina já virou uma senzala, comandada pelo senhor do engenho ou por um coronel, e por uma dama de ferro (a verdadeira chefe do poder e do comando da gestão) que fez da cidade a sua propriedade particular, sucumbida aos resquícios do que fora outrora, o vereador usa do mesmo artifício naquela que sempre achávamos ser um recinto público e que o senhor Edvaldo, talvez copiando o governo que “bem” representa, quer transforma em entidade de sua particularidade.

Em protesto os servidores resolveram se retirar da câmara e esperar que o nobre edil terminasse o seu discurso enfadonho e monótono, para voltar a sentar na plenária da câmara que eles fazem questão de chamar de “casa do povo”.

O vereador falou ainda que a plateia estava sentindo-se incomodada porque o mesmo estava falando a verdade. E aí eu fiquei meio que me indagando: esse senhor deve ser mesmo um filósofo da contrariedade, porque eu nunca vi alguém ser vaiado hoje porque fala a verdade. Agora por dizer muitas asneiras e mentiras, aí eu poderia até concordar com a excelência.

Sobre a entrega de uma escola Nucleada Felipe Coelho na Serra Marinheiro, o vereador disse que a população está feliz e isso é o que interessa. E só para complementar as palavras do nobre, porque aqui sim, podemos exercer o nosso papel de cidadão formador de opinião sem ser cerceador e nem obrigado a se retirar quando protestamos por tanto desmandos, apesar de perseguido por esses filhotes de opressores, e avisar ao parlamentar que não vejo e nem sei onde está essa gente feliz que ele tanto fala em seus discursos. Só se essa gente couber nas fotos que ilustram a inauguração da unidade escolar. E mais... escolas sem aluno, sem professor, sem merenda, sem transporte escolar (que foi os contratempos do ano passado e continuarão sendo os mesmos impasses deste ano), não podem existir uma comunidade alegre se não for apenas o fruto da imaginação dessa excelência que tem sido uma sumidade no assunto de desviar o foco da realidade.

Quanto ao reajuste dos conselheiros que estavam todos tranquilos porque era fato concretizado, foi mais do que justo, mas o que não se pode é tentar fazer estardalhaço e usar discursos pró-governo municipal, quando entendemos que por ali reinou um pouco de protecionismo claro.

Ao usar a palavra como aparte, o outro vereador da bancada de situação João Dias, deixou baixar também o “caboclo ditador” e pediu ao presidente providências e atitudes pelas manifestações democráticas na plenária, e das quais ele tachou de tumulto. O presidente respondeu que não viu nem uma baderna e que não vai botar mordaça em ninguém porque a câmara é uma casa democrática. Coisa que a prefeitura não tem feito e a demonstração clara de que os seguidores desse regime implantado nos mais de três anos do governo Arraes em Araripina, são os nobres vereadores Francisco Edvaldo e João Dias, devotos fiéis de atitudes antidemocráticas que têm sido praticadas constantemente na gestão também por falta de um órgão que puna e coíba esse tipo de prática, que acreditávamos estava no passado, e quem vem sendo ressuscitadas em alguns municípios de Pernambuco ou os feudos socialistas.

E viva Araripina do Pernambuco de bravos guerreiros e das Arenas.

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